Ocidente retira limites dos mísseis de longo alcance na Ucrânia e conflito pode escalar ainda mais.

Nesta segunda-feira (26/05), o chanceler alemão Friedrich Merz anunciou que os aliados ocidentais — Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos — decidiram remover as restrições ao uso de mísseis de longo alcance fornecidos à Ucrânia. Segundo Merz, a medida “significa que a Ucrânia agora pode se defender, por exemplo, atacando posições militares na Rússia… Um país que só pode se opor a um invasor em seu próprio território não está se defendendo adequadamente”.

Essa decisão representa uma mudança significativa na condução da guerra, já que, até então, a Ucrânia estava autorizada a usar esses armamentos apenas dentro de suas fronteiras, sem atacar alvos em território russo.

Antes da nova diretriz, Kiev podia empregar mísseis como os ATACMS americanos (alcance de cerca de 300 km), os Storm Shadow/SCALP franco-britânicos e os futuros Taurus alemães (com alcance de até 500 km) somente dentro do próprio território. Com a liberação, esses armamentos poderão agora atingir alvos estratégicos em solo russo, como depósitos de suprimentos, bases aéreas e concentrações de tropas. A medida foi considerada necessária para reforçar a capacidade ucraniana de dissuasão e retaliação a ataques inimigos.

Curiosamente, o anúncio foi feito publicamente um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressar nas redes sociais seu descontentamento com o presidente russo, Vladimir Putin. O comentário veio após a Rússia realizar o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da invasão. Em sua rede Truth Social, Trump escreveu: “Ele ficou completamente LOUCO! Está matando muita gente desnecessariamente, e não estou falando só de soldados.”

A jornalistas, no Estado de Nova Jersey, no domingo (25/05), Trump declarou com aparente indignação: “O que diabos aconteceu com ele? Ele está matando muita gente.”