Dep. Filipe Barros assumirá a vaga de Eduardo Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores.

A decisão de Eduardo Bolsonaro de se licenciar da Câmara e permanecer nos Estados Unidos gerou uma reviravolta na política brasileira. Alegando perseguição, ele afirmou que buscará asilo político, enquanto seu aliado Filipe Barros assumiu a Comissão de Relações Exteriores, garantindo a influência do PL sobre o colegiado.

Nos bastidores, Eduardo Bolsonaro deve continuar ditando a linha política da comissão, agindo como um “presidente oculto” mesmo à distância. A mudança também evitou um confronto direto com o PT, que se opunha à sua nomeação para o cargo.

O afastamento de Eduardo e sua busca por asilo ocorrem em um contexto de crescente tensão entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Judiciário. Com investigações em curso contra Bolsonaro e seus familiares, a movimentação de Eduardo é vista como uma estratégia para ampliar a narrativa de perseguição política.

A relação próxima de Eduardo com Donald Trump pode facilitar sua permanência nos EUA e fortalecer sua atuação política à distância. Enquanto isso, a Comissão de Relações Exteriores continuará sob forte influência do bolsonarismo.

Essa mudança sinaliza que o embate entre bolsonaristas e o governo Lula seguirá intenso nos próximos meses, com repercussões tanto na política interna quanto nas relações internacionais do Brasil.