Tensões Geopolíticas Marcam Disputa por Terras Raras entre EUA e China

Contrariamente a possíveis expectativas de uma flexibilização, a disputa estratégica entre Estados Unidos e China pelo controle de terras raras se intensificou. No final de 2023, o governo chinês impôs uma proibição à exportação de tecnologias de extração e separação de terras raras, elementos cruciais para a fabricação de ímãs de alto desempenho utilizados em veículos elétricos, turbinas eólicas e equipamentos militares. Esta medida representa um passo adicional nas restrições comerciais, visando proteger a dominância tecnológica da China neste setor e aumentar a pressão sobre as cadeias de suprimentos ocidentais, que são altamente dependentes dos recursos e do processamento chinês.

Em resposta à crescente dependência e às restrições impostas por Pequim, os Estados Unidos têm acelerado esforços para desenvolver uma cadeia de suprimentos doméstica e reduzir sua vulnerabilidade. O governo americano e empresas privadas estão investindo na reabertura e desenvolvimento de minas de terras raras em território nacional e em países aliados, além de fomentar a capacidade de processamento local. Essas iniciativas estratégicas buscam diminuir a alavancagem da China, que atualmente controla a maior parte da produção e refino global desses minerais essenciais para as indústrias de tecnologia e defesa.

O cenário atual não indica qualquer acordo para aliviar as tensões comerciais sobre terras raras; ao contrário, a competição estratégica está se aprofundando. As ações de ambos os países sinalizam uma era de rivalidade geopolítica prolongada, onde o controle sobre recursos minerais críticos é usado como ferramenta de poder. Para o mercado global, a consequência é a busca por diversificação de fornecedores e um potencial aumento nos custos de produção para setores dependentes, enquanto nações buscam redefinir suas alianças estratégicas para garantir o acesso a esses componentes vitais para a transição energética e a segurança nacional.

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