Taxa de Juros Média nos Governos Lula: A Mais Alta do Século XXI

A taxa média de juros Selic nos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a mais alta do século XXI, segundo levantamentos baseados em dados do Banco Central. Durante o primeiro mandato (2003-2006), a Selic atingiu uma média de 18,7%, influenciada por um cenário de instabilidade econômica e alta inflação herdada do governo anterior. No atual mandato, iniciado em 2023, a taxa média está em 12,25%, a segunda maior do período, ficando atrás apenas do primeiro governo Lula. Esses números refletem desafios econômicos globais e domésticos, como o aumento do juro neutro e políticas fiscais expansionistas.

No ranking dos governos do século XXI, o segundo mandato de Dilma Rousseff (2014-2016) registrou a terceira maior média, com 13,8%, seguido pelo segundo mandato de Lula (2007-2010) com 11,8%, Michel Temer (10,9%), Dilma 1 (9,9%) e Jair Bolsonaro (6,6%). Economistas apontam que o juro neutro global, que subiu de 3% para cerca de 5-6% após a pandemia, e políticas expansionistas, como isenções fiscais e aumento de gastos públicos, contribuem para a manutenção de juros elevados no Brasil. Essas medidas estimulam a economia, mas pressionam a inflação, exigindo uma Selic mais alta para controle.

Apesar dos juros elevados, a inflação média projetada para o atual governo Lula é de 4,9%, a menor do século XXI, indicando algum sucesso no controle de preços. No entanto, especialistas como Alexandre Espírito Santo e Jason Vieira destacam que a continuidade de políticas fiscais expansionistas e o risco de aumento da dívida pública podem manter a Selic em patamares altos, dificultando reduções sustentáveis. Reformas fiscais e controle de gastos são vistos como essenciais para aliviar a pressão sobre os juros e promover crescimento econômico estável.

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