Advogado de Filipe Martins Questiona Rigor de Medidas Cautelares

Jeffrey Chiquini, advogado de Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, tem se manifestado publicamente sobre o que considera um rigor excessivo nas medidas cautelares impostas a seu cliente. Em declarações, Chiquini afirma que Martins é o único dos acusados nos inquéritos sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado que reside no Paraná e precisa se apresentar semanalmente diretamente no fórum da comarca onde vive. A defesa argumenta que essa exigência tem como objetivo “humilhar” e “constranger” o ex-assessor.

Martins foi solto em agosto de 2024, após passar seis meses preso preventivamente. A liberdade foi condicionada a uma série de restrições determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além da apresentação semanal à Justiça, ele deve usar tornozeleira eletrônica, está proibido de deixar o Brasil, teve seus passaportes retidos, não pode usar redes sociais e está impedido de se comunicar com outros investigados no mesmo processo.

Jeffrey Chiquini
Jeffrey Chiquini em postagem na rede social X.

A defesa de Martins tem recorrido ao STF para tentar revogar ou flexibilizar as medidas, sustentando que elas são desproporcionais, especialmente após a comprovação de que o ex-assessor não havia deixado o país, principal argumento utilizado para a sua prisão inicial. Contudo, os pedidos têm sido negados, e a Polícia Federal já se manifestou pela manutenção das restrições. Recentemente, a atuação do advogado Jeffrey Chiquini tem ganhado notoriedade por embates diretos durante audiências no STF, onde busca contestar as acusações e as condições impostas a seu cliente.

A situação de Filipe Martins permanece um ponto de atenção no desenrolar das ações penais. Enquanto a defesa alega perseguição e o uso do processo para causar sofrimento, a Justiça mantém as medidas como forma de garantir a instrução criminal. O caso exemplifica as tensões do processo legal e o debate sobre a proporcionalidade das medidas cautelares aplicadas a investigados por crimes contra o Estado Democrático de Direito.

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