Idosa de 74 Anos Condenada por Moraes Enfrenta Cárcere em Cadeira de Rodas

Vildete Ferreira da Silva Guardia, uma idosa de 74 anos, foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A pena estabelecida foi de 11 anos e 11 meses de reclusão em regime fechado. A situação da condenada ganhou notoriedade devido à sua idade avançada e ao seu estado de saúde debilitado, que a levou a utilizar uma cadeira de rodas durante o período em que esteve no sistema prisional. O caso insere-se no contexto mais amplo dos julgamentos dos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.

A condenação de Vildete abrangeu cinco crimes graves: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Ela cumpria pena na Penitenciária Feminina de Sant’Anna, em São Paulo, desde junho de 2024. A defesa da idosa solicitou a conversão da pena em prisão domiciliar, argumentando sobre a existência de múltiplas comorbidades e a severa dificuldade de locomoção, que se agravaram no cárcere.

Em abril de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, acatou o pedido da defesa e concedeu a Vildete o direito à prisão domiciliar. A decisão considerou as “excepcionalidades da situação concreta”, como a gravidade do estado de saúde da condenada, embora um laudo médico anterior indicasse a possibilidade de tratamento dentro da unidade prisional. A medida impõe restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de uso de redes sociais e a comunicação com outros investigados.

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