Supremo Tribunal Federal Decreta Prisão Domiciliar de Jair Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou na segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi motivada pela violação de medidas cautelares previamente impostas, como a proibição de uso das redes sociais. Segundo o despacho, Bolsonaro teria utilizado os canais de seu filho para se comunicar com apoiadores. Além da permanência em sua residência, o ex-presidente está obrigado a usar tornozeleira eletrônica, fica proibido de receber visitas, com exceção de familiares próximos e advogados, e teve seus telefones celulares apreendidos.

A ordem de prisão domiciliar representa um novo capítulo na investigação que apura a suposta participação de Bolsonaro e de seus aliados em uma trama para contestar o resultado das eleições de 2022 e promover um golpe de Estado. O ex-presidente já era alvo de outras medidas, como a retenção de seu passaporte, e foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político. A nova restrição de liberdade ocorre em um momento de acirramento entre o judiciário brasileiro e críticos, incluindo autoridades estrangeiras.

O contexto é agravado por recentes ações do governo dos Estados Unidos, que em julho de 2025 impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes. O Departamento do Tesouro americano justificou a medida alegando que o magistrado estaria envolvido na “supressão da liberdade de expressão”. As sanções incluem restrições de visto e penalidades financeiras, adicionando uma camada de pressão internacional sobre as decisões do Judiciário brasileiro e intensificando o debate sobre a soberania e a estabilidade democrática no país.

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